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Inteligência Artificial

IA do Grammarly aprende seu estilo de escrita e aplica em novos textos

Assistente de escrita utiliza IA para imitar estilos de autores, despertando preocupações e discussões

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A Inteligência Artificial Generativa (IA) é uma realidade cada vez mais presente em nossas vidas. À medida que a tecnologia avança, surgem debates fundamentais sobre o reconhecimento e a compensação de trabalhos gerados por IA, especialmente quando se trata de imitar o estilo de escrita de autores. Vamos entender o impacto da mais recente funcionalidade do Grammarly, uma das principais ferramentas de assistência à escrita baseada em nuvem. A nova funcionalidade, denominada “Detecção e Aplicação de Voz Personalizada”, detecta automaticamente o estilo de escrita de um autor e replica esse estilo com precisão. Enquanto isso, levantaremos questões sobre quem merece crédito e remuneração nesse cenário de IA generativa.

A IA generativa e os desafios do reconhecimento

A IA generativa é uma inovação tecnológica que já está presente em diversas plataformas, abrangendo desde a composição de músicas até a criação de arte. No entanto, é no campo da escrita que estamos direcionando nosso foco, com uma análise mais profunda da última funcionalidade apresentada pelo Grammarly.

O YouTube, por exemplo, vem negociando acordos de licenciamento com gravadoras para utilizar vozes de músicos na criação de novas músicas, incorporando seu estilo inconfundível. Isso suscita a importante questão de quem merece crédito e recompensa quando a IA assume o papel de criadora. Contudo, a atenção principal recai sobre a nova funcionalidade do Grammarly e a possibilidade de reconhecimento adequado dos autores cujos estilos de escrita são imitados.

O novo avanço do Grammarly

O Grammarly, uma ferramenta de assistência à escrita amplamente utilizada com uma base de mais de 30 milhões de usuários em todo o mundo, está prestes a lançar uma funcionalidade revolucionária chamada “Detecção e Aplicação de Voz Personalizada”. O objetivo é criar um “perfil de voz” exclusivo para cada usuário, permitindo que a IA replique fielmente o estilo de escrita pessoal.

Tal Oppenheimer, chefe de produto dos aplicativos clientes do Grammarly, disse ao TechCrunch que essa tecnologia tem a intenção de tornar a escrita mais pessoal e autêntica. Cada perfil de voz é gerado pela IA e inclui uma descrição das características que definem o estilo de escrita da pessoa. Os usuários têm a capacidade de personalizar esses perfis, eliminando elementos que não refletem fielmente sua maneira de escrever.

Desafios e preocupações

A introdução da funcionalidade “Detecção e Aplicação de Voz Personalizada” do Grammarly suscita preocupações legítimas em relação à proteção dos escritores e à autenticidade na produção de conteúdo. Dentre as principais preocupações, destacam-se:

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  1. Uso não autorizado: há um temor significativo de que empresas ou indivíduos possam acessar o perfil de voz de um escritor e empregar a IA para criar conteúdo em seu nome, sem a devida autorização. Essa possibilidade pode se materializar durante uma licença, após uma demissão ou mesmo com intenções questionáveis.
  2. Phishing sofisticado: a capacidade da IA de imitar precisamente o estilo de escrita de alguém pode ser explorada em tentativas sofisticadas de phishing, onde criminosos se passam por pessoas legítimas para obter informações confidenciais.
  3. Roubo de identidade literária: o caso da autora Jane Friedman é um exemplo notório, onde ela descobriu que novos livros estavam sendo vendidos na Amazon em seu nome, livros que claramente foram gerados por IA. Esse cenário levanta a preocupação genuína do roubo de identidade literária por meio da IA generativa.

O debate sobre a proteção dos escritores na era da IA

As preocupações em relação à proteção dos escritores na era da IA generativa não são novas. Milhares de autores assinaram recentemente uma carta aberta criticando tecnologias que “imitam e regurgitam” sua linguagem, histórias e ideias. Além disso, escritores na Califórnia e em Nova York moveram ações legais contra a startup de IA OpenAI, acusando-a de treinar IA de geração de texto em seu trabalho sem a devida permissão.

A questão fundamental é encontrar o equilíbrio entre os benefícios da IA generativa e a proteção dos direitos autorais e reconhecimento adequado dos escritores.

Garantias oferecidas

É relevante notar que, pelo menos no momento do lançamento, o Grammarly estabelece restrições rigorosas quanto ao acesso aos perfis de voz. Apenas os próprios usuários podem utilizar seus perfis de voz, e estes não podem ser exportados. Essas medidas têm a finalidade de garantir a proteção dos escritores e prevenir o uso inadequado por terceiros.

Tal Oppenheimer, chefe de produto do Grammarly, enfatiza que os perfis de voz não foram concebidos para substituir ninguém. Em vez disso, eles visam auxiliar os escritores a aprimorar seu próprio estilo e tornar a escrita mais personalizada.

No entanto, permanece uma preocupação legítima sobre como esses perfis de voz podem evoluir no futuro, especialmente à medida que a busca por economia de custos se torna mais relevante. Empresas podem almejar acesso aos perfis de seus redatores, e, nesse contexto, é fundamental que existam garantias sólidas para proteger os direitos autorais e a autenticidade.

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Thiago Santos

Sou um estudante de Ciências e Tecnologia, apaixonado por inovação e sempre antenado nas últimas tendências tecnológicas. Acredito que o futuro está intrinsecamente ligado ao avanço da ciência, e estou empenhado em contribuir para esse progresso. Além dos estudos, sou um apaixonado por cinema e séries. Nos momentos de lazer, valorizo a companhia dos amigos. Gosto de compartilhar risadas, experiências e construir memórias com aqueles que são importantes para mim. Essa convivência é fundamental para equilibrar minha busca por conhecimento e meu amor pelo entretenimento e tecnologia.

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