O cenário dos processadores tradicionais, comumente utilizados por gigantes como Intel, AMD e Nvidia, sempre foi marcado por limitações notáveis em termos de velocidade, eficiência energética e interferência eletromagnética. Enquanto os principais fabricantes de chips, como TSMC e Samsung, travam uma corrida para adotar o processo de 3 nm, visando atender a clientes de peso como Apple e Nvidia, uma startup inovadora está apostando em uma solução que pode revolucionar esse cenário. A fotônica, uma área promissora que utiliza luz para o processamento de dados, está ganhando espaço e conquistando interesse de diversos investidores.
Diferentemente dos processadores eletrônicos que utilizam elétrons, a fotônica explora as propriedades da luz e suas ondas não interagem entre si, o que possibilita a criação de múltiplos fluxos paralelos de dados dentro de um chip. Devido ao seu potencial de permitir processamentos em alta velocidade e maior eficiência energética, o mercado global de fotônica já alcançou um valor estimado de US$ 630 bilhões em 2021 e as previsões apontam para um crescimento exponencial, projetando-se a marca de US$ 1,1 trilhão até o ano de 2030.
Akhetonics: Rumo à nova era da computação óptica
Nesse cenário promissor, a Akhetonics se destaca como uma startup visionária, impulsionada pela ambição de criar a primeira Unidade Central de Processamento (CPU) totalmente óptica do mundo. O TechCrunch traz a notícia que a empresa obteve uma expressiva rodada de financiamento inicial, captando €2,3 milhões, sendo liderada por investidores de peso no segmento de deeptech, a Runa Capital, além do apoio de outras renomadas empresas como Interface Capital, Rheingau Founders, Thomas Pirschke (Co-Fundador da Trade Republic) e Marie Tai (Principal da Possible Ventures).
A tecnologia inovadora da Akhetonics e seus diferenciais
A Akhetonics não mede esforços para aprimorar seu revolucionário processador All-Optical, afirmando já possuir diversos protótipos do transistor óptico, bem como os fundamentos do design do processador. Em comparação aos concorrentes Lightmatter, LightIntelligence e Optalysys, a startup sediada em Berlim destaca-se por prometer um processador All-Optical com maior largura de banda, velocidades mais rápidas e incrível eficiência e densidade de informações, superando os tradicionais processadores eletrônicos.
Os planos futuros e a visão de futuro da Akhetonics
Com um olhar voltado para o amanhã, a Akhetonics almeja desenvolver uma CPU óptica em escala total, e prevê apresentar um protótipo completamente funcional até o ano de 2024. O CEO da empresa, Michael Kissner, destaca a importância dos recursos arrecadados nesse investimento para impulsionar a pesquisa e desenvolvimento, além de possibilitar a integração da inovadora tecnologia em seu primeiro produto.
A perspectiva dos investidores e o potencial de transformação do mercado
Dmitry Galperin, General Partner da Runa Capital, sediada em Berlim, enxerga um enorme potencial na abordagem inovadora da Akhetonics para o processamento totalmente óptico. Acredita que a tecnologia da startup tem a capacidade de revolucionar diversos setores, desde aprimorar o desempenho de redes e dispositivos de segurança até impulsionar a computação quântica.
A Akhetonics está no caminho certo para transformar o universo da computação com sua promissora tecnologia All-Optical. Com um investimento significativo em mãos e o apoio de investidores renomados, a startup alemã está determinada a tornar sua visão de uma CPU totalmente óptica em uma realidade palpável. A expectativa é que sua abordagem inovadora abra caminho para novas possibilidades e avanços tecnológicos, marcando uma nova era no processamento de dados e elevando o potencial da computação óptica a patamares antes inimagináveis.