A empresa americana Apple teve que remover o WhatsApp e o Threads – ambas redes sociais pertencentes à Meta – de sua App Store na China a pedido das autoridades locais, informou nesta sexta-feira (19) o The Wall Street Journal.
Telegram e Signal, outras duas plataformas de mensagens estrangeiras, também foram retiradas da App Store chinesa nesta sexta. Segundo a Apple, a Administração do Ciberespaço da China ordenou a remoção de certos aplicativos por “razões de segurança nacional“.
Um porta-voz da Apple declarou:
“Somos obrigados a seguir as leis dos países onde operamos, mesmo quando discordamos”.
Por mais que possa provocar algum impacto político fora da China, é preciso lembrar que esses aplicativos não são usados pelos chineses. Isso porque o país dispõe de uma gama variada de opções locais, como o WeChat.
Além disso, mesmo que disponíveis na App Store, o WhatsApp ou Telegram só funcionam na China por meio de VPN, uma vez que o “grande firewall” do país impede o acesso aos servidores dos mensageiros.
Segundo estimativas da empresa de inteligência de mercado Sensor Tower, durante a última década, Instagram, X, Facebook, YouTube e WhatsApp foram baixados da loja de aplicativos da Apple mais de 170 milhões de vezes (números totais) no território do gigante asiático.
A Meta não se manifestou sobre o assunto e representantes dos aplicativos Telegram e Signal não retornaram o contato do N10 Tecnologia.
Decisão da China
O governo chinês decidiu no ano passado que os desenvolvedores de aplicativos móveis deveriam registrar seus aplicativos junto aos reguladores nacionais até março de 2024, caso contrário, eles seriam removidos das lojas de aplicativos.
Neste contexto, a Apple reuniu-se com as autoridades chinesas para expressar as suas preocupações sobre a implementação dos regulamentos:
“Naquela época, as autoridades disseram à Apple que ela deveria implementar rigorosamente as regras”.
Analistas acreditam que esse banimento promovido pelo governo chinês está relacionado ao não-atendimento dessa nova regra em questão no país. Anunciada no fim do ano passado, ela prevê que os apps que operam na China precisam ser registrados e compartilhar dados com o governo.