O futuro distópico, uma vez pensado apenas para histórias de ficção científica, está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Com robôs se tornando parte integrante de muitos aspectos de nossas vidas, o conceito de veículos autônomos já não é mais uma mera fantasia. Recentemente, a Ford patenteou um método para que carros autônomos sejam recuperados se os proprietários deixarem de efetuar os pagamentos. Enquanto isso, na Califórnia, as restrições para modificação de carros tornam-se cada vez mais rigorosas.
No Reino Unido, no entanto, a tecnologia chegou ainda mais longe com o uso de rebocadores robóticos para remoção de carros estacionados ilegalmente.
Rebocadores robóticos: uma nova realidade
Em um vídeo que viralizou no Instagram, um reboque robótico não tripulado é visto retirando um Volvo XC60 de uma vaga de estacionamento destinada a pessoas com deficiência. Através de esteiras que se assemelham a de um tanque, o robô levanta as quatro rodas do carro do solo e remove o veículo do local de estacionamento. O robô é de propriedade da Recovery North West, uma empresa de reboque do Reino Unido especializada em remoção de veículos de lugares apertados e recuperação de equipamentos pesados encalhados.
O robô foi desenvolvido pela empresa francesa Multitract e é conhecido como Eastract. Equipado com um motor Briggs and Stratton de 35 cavalos, o Eastract é capaz de manobrar em espaços apertados graças às suas esteiras semelhantes às de um tanque. Ele foi projetado especificamente para rebocar veículos em áreas extremamente restritas, como estacionamentos subterrâneos ou ruas estreitas.
Os rebocadores robóticos têm o potencial de revolucionar a forma como lidamos com o estacionamento ilegal. Eles são mais eficientes e precisos do que os humanos e reduzem a margem de erro humano. Isso significa que podem ajudar a diminuir o congestionamento, melhorar a segurança e tornar as cidades mais acessíveis para todos.
No entanto, existem preocupações legítimas a serem consideradas. Os rebocadores robóticos, embora eficientes, são caros. Há também a possibilidade de causarem danos aos carros, o que poderia levar a custos adicionais e disputas. Além disso, o uso de rebocadores robóticos poderia ser visto como uma violação de privacidade, podendo ser utilizados para intimidar ou assediar motoristas.