A exploração lunar tem sido impulsionada pelos rovers solitários, mas uma nova abordagem está ganhando destaque. Cientistas da ETH Zurich estão desenvolvendo uma equipe de robôs colaborativos que prometem revolucionar a forma como exploramos a Lua.
Desse modo, ao invés de enviar um único rover, eles planejam enviar uma equipe de robôs que trabalham em conjunto, complementando as habilidades uns dos outros. Essa estratégia traz vantagens significativas, incluindo a capacidade de realizar tarefas especializadas simultaneamente e compensar falhas individuais. O projeto tem sido um sucesso até agora, com a equipe ganhando recentemente um prêmio por sua inovadora abordagem.
Vantagens da equipe de robôs colaborativos
A equipe de robôs colaborativos apresenta várias vantagens em comparação com os rovers solitários. Segundo Philip Arm (um estudante de doutorado envolvido no projeto) para o TNW, “usar vários robôs tem duas vantagens principais”.
A princípio uma delas seria que cada robô pode assumir tarefas especializadas e executá-las simultaneamente, o que aumenta significativamente a eficiência das operações. Além disso, graças à redundância da equipe, um robô pode compensar a falha de um companheiro de equipe, garantindo que a missão prossiga mesmo em caso de imprevistos. Essa abordagem inovadora promete trazer avanços significativos para a exploração lunar.
Complementaridade dos robôs na equipe
Para garantir um trabalho em equipe bem equilibrado, os cientistas da ETH Zurich atribuíram diferentes especialidades para cada robô da equipe. Dois dos robôs foram designados como “especialistas“, enquanto o terceiro é um “generalista“.
Desse modo o primeiro especialista foi programado para mapear o terreno e classificar a geologia lunar, utilizando um laser scanner e várias câmeras. O segundo especialista, por sua vez, foi ensinado a identificar rochas, sendo equipado com um espectrômetro Raman e uma câmera de microscopia.
Na sequência, o robô generalista possui a capacidade de mapear o terreno e identificar rochas, embora com menos precisão do que os especialistas. Essa abordagem permite que cada robô tenha um papel específico na equipe, garantindo que todas as tarefas necessárias sejam realizadas de forma eficiente.
Testes e resultados promissores
A equipe de cientistas testou sua equipe de robôs colaborativos em diversos terrenos, tanto na Suíça quanto no European Space Resources Innovation Centre (ESRIC) em Luxemburgo. Eles participaram recentemente do ESRIC-ESA Space Resources Challenge, uma competição que envolvia encontrar e identificar minerais em uma área de teste que simula a superfície lunar.
No desafio, para surpresa de muitos, a equipe liderada pela ETH Zurich conquistou o primeiro lugar na competição. Essa vitória rendeu à equipe um contrato de pesquisa de um ano para aprimorar ainda mais a tecnologia. Os resultados promissores mostraram o potencial da equipe de robôs colaborativos na exploração lunar, abrindo caminho para futuras missões espaciais mais eficientes e produtivas.
Próximos passos e aprimoramentos futuros
Com base no sucesso até o momento, os pesquisadores da ETH Zurich têm grandes planos para o futuro da equipe de robôs colaborativos. Eles planejam aprimorar ainda mais a equipe, adicionando robôs sobre rodas e até mesmo robôs voadores.
Estas adições permitirão que as equipes enfrente uma variedade ainda maior de desafios encontrados na superfície lunar, expandindo suas capacidades e alcance. Além disso, os pesquisadores visam aumentar a autonomia dos robôs, permitindo que eles atribuam tarefas uns aos outros sem a intervenção de um operador humano.
Essa autonomia adicional tornará a equipe de robôs ainda mais eficiente e autossuficiente durante as missões. Com esses aprimoramentos, a equipe tem o potencial de se tornar a próxima grande novidade na exploração lunar, impulsionando nossos esforços para desvendar os segredos da Lua e expandir nosso conhecimento sobre o espaço.